Angola News (Painel do Paim) - (N. 538 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - (Jornal O Porta-Voz)
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Sem vetos, Dilma sanciona lei que inibe criação de novos partidos
Pela nova legislação, votos de deputados que migram para novas legendas não são levados em conta para cálculo do Fundo Partidário
A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quinta-feira a Lei nº 12.875/2013, que inibe a criação de partidos. Publicada sem vetos na edição de hoje do Diário Oficial da União, a nova legislação impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, além de recursos do Fundo Partidário, relativos aos deputados que mudam de partido durante a legislatura. Na prática, o texto restringe o acesso das novas legendas a esses recursos.
<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/sopa-de-letrinhas-da-politica-brasileira/" data-cke-955-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/sopa-de-letrinhas-da-politica-brasileira/">Sopa de letrinhas da política brasileira</a>
Tanto o fundo partidário e o tempo de TV levam em consideração o número de parlamentares eleitos por cada partido. Até a publicação da lei, deputados que trocam de partidos levam consigo os votos, para efeito de cálculo da "fatia do bolo".
A legislação anterior beneficiou, por exemplo, o PSD, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que nasceu já como a quarta maior bancada na Câmara, garantindo, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), acesso a R$ 1 milhão mensais do Fundo Partidário.
Com a nova lei, os deputados que mudam de partido durante o mandato só vão carregar consigo o tempo de propaganda e os recursos nos casos de fusão e incorporação de partidos, e não mais quando um partido for criado.
O Senado deve aprovar nesta quarta-feira, 23, uma proposta
que suspende a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
redefiniu a distribuição das bancadas na Câmara. As cinco unidades da
federação que ganharam cadeiras no Parlamento - Amazonas (1), Santa
Catarina (1), Ceará (2), Minas Gerais (2) e Pará (4) - vão tentar adiar a
votação, mas a tendência é de apoio
aos oito Estados prejudicados com a medida. Se aprovado, o decreto
legislativo ainda vai passar pela Câmara, onde também há uma inclinação
pela aprovação e manutenção da atual divisão das cadeiras.
A resolução do TSE também reduziu em uma vaga
as bancadas de Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de
Janeiro e Rio Grande do Sul. A Paraíba perdeu duas cadeiras. A
corte eleitoral argumentou que a atual divisão de bancadas está baseada
na população dos Estados em 1998, mas deveriam ser usados dados do
último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010. A
proposta de decreto legislativo quer derrubar essa decisão do TSE e
está na pauta do plenário do Senado desde maio, quando foi aprovada pela
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em votação apertada. Segundo alegam os contrários à mudança feita pelo tribunal, a legislação determina que o rearranjo de deputados ocorra via projeto
de lei complementar e não por uma resolução do TSE, como a aprovada em
abril. "São duas prerrogativas do Congresso que estão em jogo nesse
caso: a de legislar sobre a quantidade de deputados e a de não permitir
que os poderes avancem sobre os outros", destacou o líder do PT na Casa,
Wellington Dias (PI), cujo Estado perde dois assentos de deputados. Esse
grupo de parlamentares também tentará, em outra frente, num ataque
direto ao Judiciário, fazer valer a prerrogativa constitucional de o
Congresso definir o número de deputados. Está na pauta da CCJ e pode ser
votado ainda hoje na comissão um projeto de lei complementar que trata
da redefinição das bancadas de deputados federais, estaduais e
distritais. Caso aprovada, a proposta muda a cara da Câmara já para a
próxima legislatura, com consequências semelhantes à da decisão do TSE. Na
outra trincheira estão Pará, Minas, Ceará, Santa Catarina e Amazonas,
que foram beneficiados pelo recálculo determinado pelo tribunal. Eles
vão tentar impedir, por meio de uma manobra regimental, a votação.
Apresentarão um requerimento para devolver a matéria para as comissões
temáticas, adiando a apreciação do mérito. "Essa recontagem (das
bancadas) deveria ser feita a cada legislatura. O que se precisa
compreender é que um Estado que, porventura, sofresse boom populacional,
poderia vir a ser beneficiado depois", diz o senador Flexa Ribeiro
(PSDB-PR), defensor da revisão do TSE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
"É melhor liberar a imagem da Dilma e do Lula. Sempre haverá reclamação, mas
nossa prioridade é a eleição nacional", ponderou o deputado André Vargas, membro
do diretório nacional do PT, instância que vai deliberar sobre o uso das
imagens. Ele afirmou que no Paraná, por exemplo, o senador Roberto Requião
(PMDB) vai usar a imagem de Lula e Dilma em seus materiais de campanha. Ou seja:
a candidata do PT, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hofmann, não terá
exclusividade de contar com os maiores puxadores de votos de seu partido. Nos nove Estados onde PSB e PSDB poderão estar juntos, a imagem do governador
Eduardo Campos, provável candidato à Presidência, não poderá aparecer na TV ao
lado de tucanos, já não há coligação nacional. Reviravolta Provocado pela reportagem do Estado, a assessoria técnica do TSE admitiu que
a regra atual é "omissa" em relação ao uso da imagem dos candidatos majoritários
no material de campanha (santinhos, folders, entre outros). O mais provável,
segundo técnicos do TSE, é que o entendimento sobre o palanque eletrônico se
estenda a esses casos. A possibilidade de uma nova consulta sobre o assunto já é
esperada pelo tribunal. O resultado pode alterar totalmente a interpretação
atual, já que cinco dos ministros que votaram na consulta de 2010 não integram
mais a corte. "O governador Geraldo Alckmin tem que abrir o palanque para o Eduardo Campos
em São Paulo e liberar a imagem dele nos nossos materiais de campanha se quiser
o apoio do PSB", afirmou Wilson Pedro da Silva, 1.° secretário do PSB paulista.
"Sou contra o uso da imagem do Geraldo. Não vamos permitir isso. Nosso candidato
é o Aécio", respondeu o deputado tucano Pedro Tobias, ex-presidente estadual do
PSDB. Para o deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame, secretário-geral do PSDB
nacional, essa discussão é fruto de uma previsível "animosidade" entre Eduardo
Campos e Aécio Neves na campanha. "O PT já tem uma vaga no segundo turno", disse
(veja entrevista abaixo). Verticalização. "Com a quebra da verticalização, essa questão ficou aberta em
confusa. Lamentavelmente a lei não é clara", reconheceu o advogado Alberto Rollo,
especialista em direito eleitoral ouvido pelo Estado. Ele afirmou ainda que as
consultas feitas ao TSE orientam, mas não vinculam. "O Tribunal Superior
Eleitoral pode julgar em outra direção". (Pedro Venceslau e Ricardo Chapola)
De posse do processo de criação do partido Solidariedade, o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, deve pedir em seu parecer investigação da Polícia Federal (PF) para detectar possíveis fraudes na coleta de assinatura da legenda. Na última quinta-feira, Eugênio Aragão, recém-empossado no cargo, pediu mais prazo para análise do processo que deverá voltar à pauta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira, 24.
Segundo ele, o parecer deve ser publicado ao longo do dia de hoje. Além do registro do Solidariedade, também deve ser analisado pelos ministros do TSE o do Partido Republicano da Ordem Social (PROS).
Em entrevista, o procurador considerou de "altíssimo risco" o procedimento adotado pelo TSE em que as certidões de apoiamento podem ser direcionadas diretamente à Corte Eleitoral, sem precisarem passar por uma triagem nos Tribunais Regionais. Essa dinâmica passou a vigorar desde a criação do PSD em 2011.
"Essa validação direta, esse procedimento é de altíssimo risco", afirmou Aragão. "Em alguns casos vai ser preciso a Polícia Federal apurar", acrescentou. Segundo ele, chegou-se a encontrar fichas de assinaturas do PROS misturadas com as do Solidariedade. "Que bagunça é essa? É assustador", afirmou. "Não se pode criar um partido de afogadilho", emendou.
Apesar dos problemas encontrados, Aragão sinalizou que não deve apresentar um parecer pelo indeferimento do processo. "Já há dois pareceres favoráveis, não vou dar nenhum cavalo de pau. Mas tenho que chamar atenção para certos riscos", afirmou.
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF)
- Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia.
Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.